Paula Cassim

A PEDRA

Na minha mesa de trabalho tenho uma porção de coisas. Fatalmente não passaria pelas normas da ISO, mas procuro deixar tudo confortável como se eu estivesse na minha casa. Interessante, não? Desta forma me sinto em ambiente *amigo*. E é tããão agradável! Não coloco fotos na mesa, porque as pessoas são estranhas e eu teria que ficar mudando-as toda hora. Mas tem meu vazinho de violeta que simula a árvore do meu quarto, mesmo porque eu esqueço de regá-la assim como esqueço da minha árvore. tem meus livros prediletos, que simula a minha biblioteca da sala, tem uma porção de coisinhas coloridas que me lembram que eu sou pequenininha, poxa! Mas venho aqui falar de um objeto singular. UMA PEDRA. (som de terror estrondoroso ao fundo). Sim. UMA PEDRA. Desde o dia que eu a enxerguei dentro de um vaso com outras tantas eu a quis. A quis com toda a força que me cabia naquele momento. A quis e a conquistei. A retirei do vaso e levei para minha mesa. Ela estava lá, enfeitando meu habitat trabalhal. Uma bonita e grande pedra branca. Eis que hoje encontrei utilidade para ela. Papéis começaram a tomar vôo em minha mesa, culpa do ventilador que está dedicado a minha pessoa e eu numa brilhante performace olhei para ela e enfim a utilizei colocando-a sobre os papéis que não mais voaram. Sim. Até as pedras são úteis. Tá vendo só pessoas ímpares, vocês não vivem dentro de uma bolha, viu. Olhe em sua volta. É o mundo! Junte-se!

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