Às pessoas tem mania de jogar a culpa umas nas outras para tentar se isentar dos próprios erros. Fato. É muito mais fácil encontrar um jeitinho brasileiro de tentar reverter a situação sempre à nosso favor, não é? Em se tratando de amor as coisas ficam ainda mais nebulosas. As pessoas acabam misturando sentimento com obrigação e é exatamente aí que o show começa. Vamos desenhar:
Hipótese 1
Você conhece uma pessoa. Convive, convive, convive, passa a conhecer melhor à cada dia. Conhece os defeitos, conhece as qualidades. Gosta do jeito, gosta do modo como leva a vida (mesmo quando a pessoa é toda errada). Se apaixona! Passa a gostar da pessoa cada vez mais! Mas chega um belo dia que a pessoa não te leva mais em consideração. Você não está mais nos planos dela. ELA NÃO TE QUER MAIS (pronto falei). O que acontece? Você passa a culpar esta pessoa. Passa a culpá-la pelo simples fato de VOCÊ (eu disse, vo-cê) amar ela. Que culpa ela tem afinal? O sentimento é SEU. Todinho SEU. Você pode amar quem você quiser, do jeito e da maneira que você quiser, mas NINGUÉM em absoluto tem culpa disso. Ninguém tem culpa dos seus sentimentos.
SUA querida resposta para esta hipótese:
“…Ah, mas a pessoa fez isso… fez aquilo…. agiu de tal maneira…. me traiu… me desprezou, etc etc etc….”
Meu caro…Se mesmo depois de qualquer destas situações impostas, você AINDA assim continuar sentindo alguma coisa, o problema continua sendo somente SEU. A culpa não é e nem será desta pessoa. Mesmo porquê, o sentimento que deveria existir, dependendo da hipótese, seria um bem adverso, concorda?
Então se mesmo assim você continuar amando, o problema é seu. Não discuta, ok?
Hipótese 2
Você se apaixona por alguém que nem sabe que você existe. Bem, a pessoa até sabe que você existe, mas nem pensa em ter nada com você. É seu amigo, é seu colega, é seu vizinho. É alguém que jamais te olhou com outros olhos. Você está amando e culpa esta pessoa por isso. Culpa porque esta pessoa não te percebe, não te vê com outros olhos. A CULPA É SUA. SÓ SUA… sou ruim, né? Não. Sou realista!
CONCLUSÃO ou MORAL DA HISTÓRIA (como preferirem…)
O amor é um sentimento muito puro e verdadeiro. É uma vontade enorme de querer bem, de querer a felicidade da pessoa, mesmo sendo esta felicidade longe de você. O verdadeiro amor é simples, te faz sentir uma leve ansiedade quando você vê, te faz mudar completamente quando escuta alguém falar da pessoa, é reconhecível mesmo quando você jamais perceber. O amor em sua melhor espécie, é aquele que você é muito feliz por sentir, simplesmente por saber que existe por alguém. INDEPENDENTE da pessoa estar ou não “na sua”. Não que seja um “tanto faz”. Não que você se “conforme” com isso. Mas o simples fato de você saber que a pessoa existe e está bem já te conforta. Lógico que quando amamos alguém (entenda, quando amamos *de verdade*) queremos cuidar da pessoa. Queremos tê-la bem pertinho da gente para poder fazer de tudo para deixar a pessoa sempre bem, sempre feliz. Porque o verdadeiro amor é aquele que soma experiências, divide alegrias, multiplica a felicidade. Sem culpas, sem traições, sem erros, sem brigas, sem discussões, sem perdas. Quem de verdade ama, não tem medo, porque sabe que jamais fará alguma coisa para deixar a outra pessoa mal, chateada, triste. Jamais deixará haver brigas, discussões, porque tudo o que quer é cuidar, é fazer feliz.
Então, quando é amor, nos satisfazemos pelo próprio sentimento que existe. Sem culpar o outro pelo sentimento tão bonito que carregamos. Muito pelo contrário. Simplesmente vivendo dia-após-dia agradecendo muito pela pessoa existir e nos dar a chance de conhecer um sentimento tão bonito, tão verdadeiro, que talvez jamais teríamos conhecido se ele jamais tivesse aparecido.
E se é amor, que seja puro, fiel, sincero e verdadeiro! Sem cobranças, sem brigas, sem obrigações. Amando a quem quiser, como quiser, sem culpar ninguém por isso. Desejo que todos vocês conheçam um dia o que é amar de verdade, porque graças a ALLAH eu já sei o que é isso e confesso que é um sentimento lindo demais!