Paula Cassim

AS MÁQUINAS SENTEM

Você já percebeu que as máquinas possuem um sentido estrito e pouco divulgado, mas capaz de alterar totalmente o funcionamento, caso você as trate de forma inapropriada?
Toda vez que você reclama do seu carro e ele escuta, curiosamente ele para de funcionar. É só você mencionar que quer “trocar de carro” para dar algum probleminha no motor. Fato. Sabe aquele seu monitor que só funciona à base da porrada? Ele é um tipo de máquina masoquista, uma espécie de monitor de malandro. São tipos raros. Normalmente são máquinas antigas, fabricadas no século passado. Se você e seu amigo comprarem no mesmo dia o mesmo celular da mesma marca, completamente idênticos, perceberão depois de alguns meses que um funcionará melhor que o outro. Um vai dar problema, o outro talvez não. Vício oculto? Talvez! Mas prefiro acreditar que foi o tratamento psicológio que você deu ao seu aparelho. Não estou falando sobre maus-tratos, aquele lance de jogar o celular de qualquer jeito dentro da bolsa. Estou falando de conversa, papo, diálogo. As máquinas sentem. Elas possuem uma tendência irrelutante para apegar-se à você. Apegar-se de forma tranquila ou maléfica. Tudo depende especificamente de você. Ou você nunca levou choque na mesma tomada que todo santo dia sua irmã mexe e nunca levou? A ordem é: Mantenha um relacionamento biodegradável com todas as máquinas que possui. Um dia você pode ser uma….

P.S.: Eu tô bem. Até agora só ingeri um suco de melancia. Eu juro.

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