Você sabe viver?

Tem gente que acha que sabe viver… Vamos começar do começo: Há pessoas que acordam de manhã (praticamente sempre atrasadas), vestem o que vêem pela frente, correm pro trabalho (já chateados por assim estarem), trabalham o dia todo, voltam pra casa, assistem novela e dormem. Padecem na própria vida, enquanto há um mundo lá fora. Não vivem, apenas existem. Daí, você acorda cedo, escolhe sua roupa, passa, coloca, vai pro trabalho, sai do trabalho, toma sua cervejinha com a galera, chega bebáááássa em casa (lá pelas duas da manhã) deita e dorme para trabalhar no dia seguinte. Se vira e diz: EU SEI VIVER! Ah sabe? Como? “Não vivo só para trabalhar. Todas as brechas que consigo eu me junto com a galera, sento para beber uma cervejinha, me divirto, uso o dinheiro que ganho para viver, para me distrair, eu sei viver!” Pois é, eu já cheguei a pensar assim… Que viver era isso aí… Teve um tempo em que eu sabia viver. Foi do meus 13 aos meus 16 anos. Conheci diversos lugares, viajei, viajei, viajei, conheci gente nova, aprendi a me portar diante de qualquer tipo de pessoa e situação, vivia sem me importar com o que os outros íam pensar, sem me preocupar com relacionamentos, com dinheiro, com contas para pagar (e já as tinha!), mas passou… O tempo, as circunstâncias, e os amores chegaram em minha vida e me fizeram perder a essência que eu acabei reconquistando aos 19 anos… Mas que eu tornei a perder e passei a reconquistar a poucos meses. Infelizmente, ninguém entrega um “manual da vida”. Cada pessoa tem sua receita pessoal… Escuta daqui, escuta dali, você acabará percebendo que cada um vive a vida a seu modo, do seu jeito, e no final, bem ou mal, são felizes. Viver é Experimentar! É ir ao céu e ao inferno com intervalos de segundos. É conhecer pessoas novas todos os dias, observá-las aprender com elas, porque cada um é de um jeito, tem suas particularidades e pode nos ensinar alguma coisa. É ir à uma festa na “quebrada” e no dia seguinte ir à uma festa de socialite. É conhecer pessoas de tudo quanto é tipo, classe, cor, credo. É aprender a observar as coisas, sentir os cheiros, perceber as cores. VIVER é chegar ao mesmo lugar todos os dias por caminhos diferentes… É experimentar novas coisas, novas situações. Viver é não ter medo de tentar, de ir adiante quando tudo parece estar perdido, é lutar pelo que se quer é se impor não se importando com o que os outros vão achar, é ter noção da vida, do que é certo e do que é errado e fazer do errado uma coisa tão boa que de vez em quando errar será maravilhoso! É proporcionar a si mesmo sensações de constante satisfação e aos outros reações jamais vista e sentidas… É estar em constante mutação!

Energia que te muda…

Estamos permanentemente sendo ajudados por energias de pessoas que nem imaginamos e até que não estão mais entre nós. Pessoas que podem ter somente passado por você, te visto apenas por algumas vezes, convivido pouco, mas que por algum motivo… está ligado a você… te ajudando a voltar a ser quem você era, ajudando a voltar para o ponto onde parou, a ser quem você merece ser. E nem sempre terá a ver somente com você. Pode até ser por GRATIDÃO a uma pessoa ligada a você que foi muito importante para ele em algum momento da vida. Se você acordar um dia, com esta vontade gritante de voltar ao ponto onde parou, vontade enorme de viver como naquele tempo, com muito mais alegria, simplesmente agradeça e diga: Muito obrigada por tudo! <3 

Aiii que saudadeeee!!!

Resolvi dar meu singelo e hipotético pitaco sobre um intranquilo assunto que nas últimas 72 horas observei que vem assustando a grande maioria das pessoas – pelo menos do meu convívio… – Como assim? É fácil perceber quando o assunto está na pauta *do momento* principalmente ao reparar nas inúmeras frases de msn. Vou extraír algumas, que eu me recordo agora: “Quem inventou a distância não sabia o que era a saudade”, “A casa da saudade chama-se memória”, “A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena”, “A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”…  É, gente. Dizem que o pior sentimento é o desprezo, dizem e eu concordo. Mas em que lugar da fila vem a saudade se não pode vir em primeirão lá em cima de tudo? Saudade dói, machuca, nos faz repensar nos erros, nos faz mudar, crescer, nos faz dar risada sozinho (sem querer) no meio de uma multidão, nos faz viajar em uma música, em uma foto, em um vídeo. Saudades dos bons tempos, das épocas onde tudo era só diversão, onde qualquer bobeirinha era motivo de risos. Saudades das pessoas que já se foram, das pessoas que não fazem mais parte de nossa vida, da escola, dos antigos professores, dos colegas de turma, dos colegas daquele trabalho legal que você teve e saudades também do como era trabalhar lá. Saudades daquela calça que *entrava*, da barba que você não precisava fazer e da galera do prédio. Sentir saudades é muito bom. Nos faz ver que o nosso passado valeu a pena e nos faz viver intensamente e da melhor forma todo santo dia para que em um futuro próximo possamos sentir saudades do hoje também. O jeito é aproveitar cada segundinho bom da melhor forma, já pensando na saudade que se vai sentir lá pra frente. Quando estiver dentro de uma situação muito boa, repare no tempo, sinta o cheiro, veja as cores, os detalhes, escute a música. Grave tudo em sua memória para que no momento SAUDADE tudo volte da melhor forma. Saudade é ruim e é bom. É bom porque nós percebemos que tudo está valendo à pena e que estamos vivendo da melhor forma, mas é ruim porque queremos e queremos agora! Tudo outra vez! Já! …e não podemos… Não podemos? Algumas vezes não. Mas quando o impossível nos saltar aos olhos, lembre-se que a distância é mais curta do que a velocidade da luz quando se quer fazer algo acontecer. “Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida…” (Pablo Neruda)

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